Documento homologado pelo MEC reforça integração com o SUS, valoriza a inclusão e a inovação na formação médica
O Ministério da Educação (MEC) homologou, em 29 de setembro, o parecer sobre as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) dos cursos de graduação em Medicina. Aprovadas por unanimidade pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) em agosto de 2025, as diretrizes resultam de um processo amplo e participativo, que envolveu representantes da sociedade civil, instituições de ensino, entidades médicas, estudantes e gestores públicos de saúde.
A Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) teve papel de destaque na elaboração das diretrizes. A Profa. Dra. Ludhmila Hajjar, presidente da Comissão de Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais de Medicina e conselheira do CNE, coordenou a revisão do texto, que contou com a participação de especialistas em educação médica, consultas públicas, técnicos do Ministério da Educação e Saúde, entidades e representantes de escolas médicas públicas e privadas. Dentre outros membros da FMUSP, colaboraram a Profa. Dra. Iolanda Tibério, o Prof. Dr. Mário Scheffer e o Dr. Matheus Torsani.
Uma das principais reuniões de conciliação de propostas ocorreu na FMUSP, com a participação de representantes da Associação Brasileira de Educação Médica (ABEM) e de diversas escolas médicas do país.
“Reunimos diferentes vozes da educação médica em torno de princípios que orientam a formação médica no país. O novo documento reafirma o compromisso com a saúde pública, a excelência acadêmica e a valorização da diversidade”, destaca a Profa. Dra. Eloisa Bonfá, diretora da FMUSP.
A atualização das DCNs foi conduzida pelo CNE a partir de 2023, por meio de consultas públicas e encontros nacionais, em resposta às transformações sociais e tecnológicas da última década e à necessidade de alinhar a formação médica às demandas atuais do sistema de saúde brasileiro. O novo documento fortalece a articulação com o SUS, incorpora temas como saúde mental, equidade, inteligência artificial e sustentabilidade, além de reforçar o compromisso com a diversidade e com uma formação integral.
