A experiência de sucesso do Biobanco para Estudos do Envelhecimento da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) se transformou em um Programa de Mentoria em Bancos de Cérebro para Países de Baixa e Média Renda. Entre os dias 7 e 11 de abril, um grupo de pesquisadores internacionais participou da primeira edição do encontro, criado para promover a formação de profissionais no campo da neuropatologia e da criação e gestão de bancos de cérebros.

A iniciativa, coordenada pela Profa. Dra. Claudia Suemoto, docente da disciplina de Geriatria, reuniu profissionais da Colômbia, México, Peru, Uruguai, Quênia, República Dominicana e Uganda. Durante uma semana, os visitantes participaram de uma intensa programação de atividades teóricas e práticas, com foco em protocolos de coleta, processamento e armazenamento de tecidos cerebrais, além de aspectos éticos e de governança em pesquisa. As atividades foram conduzidas por especialistas da FMUSP, referência internacional em pesquisa biomédica e gestão de biobancos.

O intercâmbio proporcionou uma valiosa troca de experiências entre os pesquisadores estrangeiros e os profissionais da Faculdade, fortalecendo redes de colaboração e promovendo avanços na capacitação em saúde global. "Receber colegas de diferentes partes do mundo é uma oportunidade única para trocarmos conhecimentos. Nosso objetivo, ao final, é formar uma rede de biobancos capaz de contribuir para o avanço da ciência de maneira mais equitativa", destacou a Profa. Claudia Suemoto, diretora do Biobanco para Estudos do Envelhecimento da FMUSP e organizadora do Programa de Mentoria (LMIC Brain Bank Mentorship Program, em inglês).

O LMIC Brain Bank Mentorship Program integra o projeto de expansão das atividades do Biobanco para Estudos do Envelhecimento da FMUSP, o maior banco de cérebros da América Latina, que já coletou mais de 4 mil cérebros ao longo dos últimos 20 anos. Financiado pela Alzheimer’s Association, esta é a segunda iniciativa prevista entre as metas estabelecidas até 2029.