Em razão de questionamentos que vêm sendo feitos por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Faculdade de Medicina da USP vem a público defender os métodos, o rigor científico e a seriedade de toda a equipe do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) na pesquisa feita sobre a substância fosfoetanolamina, indevidamente chamada de “pílula do câncer”.
Em razão de questionamentos que vêm sendo feitos por meio de uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa de São Paulo, a Faculdade de Medicina da USP vem a público defender os métodos, o rigor científico e a seriedade de toda a equipe do ICESP (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) na pesquisa feita sobre a substância fosfoetanolamina, indevidamente chamada de “pílula do câncer”.
No interesse maior de cada paciente, de sua saúde e de sua segurança, o ICESP realizou minuciosa pesquisa, concluindo que a substância não produz benefício clínico significativo. Em outras palavras, de 59 pacientes avaliados e reavaliados, apenas um apresentou discreta melhora em seu quadro clínico. Resultado, portando, muito aquém do mínimo aceitável para que a substância fosse indicada para tratamentos. O ICESP possui um histórico de dedicação incansável no tratamento de pacientes oncológicos, sendo reiteradamente avaliado como o melhor hospital público de São Paulo. Questionamentos sobre resultados científicos são naturais, parte da própria ciência e de sua história.
Se há ainda alguma dúvida sobre a eficácia da citada substância, um caminho recomendável seria a ALESP ajudar a viabilizar um novo estudo, em outro centro público de notória capacidade, em vez de instalar uma CPI. É por meio da ciência e da medicina de qualidade que iremos defender os interesses dos pacientes, motivação maior de todos nós, tenho certeza.
Jose Otavio Costa Auler Jr – diretor da Faculdade de Medicina da USP e presidente do Conselho Deliberativo do HCFMUSP.