A psicóloga Carolina Messias, organizadora das instalações e integrante do Centro de Defesa e de Convivência da Mulher (CDCM) – Mulheres Vivas, fez um forte convite aos homens, profissionais e alunos da área da saúde para reconhecerem a opressão de gênero como algo estrutural. “Seria fácil encontrar, por aqui, relatos de mulheres que já sofreram algum tipo de violência. Mas e quando perguntamos aos homens quem já foi um agressor? Quem já presenciou uma agressão e se omitiu? O silêncio predomina. Por isso, convido vocês a deixarem a posição de observadores. A situação não irá melhorar sem o apoio de vocês”, afirmou Carolina.
Também participaram do evento a Profa. Dra. Ivete Boulos, coordenadora do Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência Sexual (NAVIS) do Hospital das Clínicas e responsável pela articulação com o CDCM, e o Prof. Dr. José Ricardo Ayres, presidente da Comissão de Inclusão e Pertencimento da FMUSP.
A iniciativa foi viabilizada por meio do edital Democracia e Direitos Humanos, da Pró-Reitoria de Inclusão e Pertencimento (PRIP) da USP, em parceria com o CDCM. Depois das exibições na Faculdade e no Instituto Central do HCFMUSP, numa próxima, etapa, chamada de “Caminho das Penhas”, as exposições serão divididas em três locais de atendimento ao público feminino em Paraisópolis, onde outros estudantes, da Bateria da Faculdade, participarão de ações de conscientização durante a última semana de março.